segunda-feira, 2 de agosto de 2010

hoje.




E de repente, no acorde mais alto daquela música que tanto eu gosto. Eu percebo nela, você em mim. E meu coração não pode deixar de disparar. Parece que os segundos que o fundo dos seus olhos estão nos meus, é dado de presente pelos anjos. Ou por qual divindade que seja. Eu até acho que os meus olhos já devem ter contado pros seus do que penso sobre nós dois. E esse talvez seja o meu medo. Medo de que meus olhares tenham afastado você de mim. Parece confuso, mas se parece muito com o que aparenta ser. E quero que os minutos, e que aquela tal divindade me ajude a fazer o convite para ele se ajuntar a mim, e tomar um vinho da calçada, e fazer barulho. E que seja barulho para os vizinhos, não para nós dois. Você é tão parecido com aquilo que eu sempre quis que parece ser de brinquedo. Mas não brinquedo que pode brincar. E sim dos que você passa na frente de uma vitrine e sonha em dar de presente aos filhos. Mas não. Não quero mesmo deixar que meus pensamentos se enganem. Desejo ser fria, e calculista. E chorar quando ver você se despedir.

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