domingo, 13 de junho de 2010

sobre o momento estranho.


Hoje eu fui a igreja. É eu fui para a igreja por incrível que pareça. O dia com certeza teve coisas bem mais interessantes que isso. Mas me chamou a atenção escrever um post, só para isso. Eu já não queria ir. Faz mas ou menos uns quatro meses que eu não apareço nem na porta. E hoje, sem muito minha mãe ter que insistir. Decidi. Eu vou. Quando entrei, já senti de cara a diferença. Não foi como sempre era. Não senti as pessoas me olharem diferente. Com olhos de superiores ou o que quer que seja. E nem eu tinha o porquê de olhar para aquelas pessoas com olhar de superioridade. O que é pregado dentro de uma igreja é que Deus não faz acepção de pessoas. O que sempre tive certeza. São que eles. Os membros. Não sabem disso. Ou fingem não saber. Eu não consegui fechar os olhos em nenhuma das vezes em que o Pastor pedia. Interessava-me mais, ou me chamava mais a atenção observar aquelas pessoa. E reparei. Que nunca havia reparado. Devia ter entrado antes naquele lugar. E reparado em tudo o que reparei. Comecei a olhar as pessoas. Chamou-me a atenção um homem que sentava do meu lado direito um pouco atrás de mim. Ele chorava. Desesperadamente. E tinha uma menina abraçada em sua cintura. E parecia não entender o que estava acontecendo com aquele homem. Ele tinha os seus olhos bem apertados, e molhados de lágrimas que escorriam constantemente. Ele com a cabeça abaixada. Balançava a cabeça como se estivesse inconformado com alguma coisa. E com os braços levantados pro céu, parecia implorar algo pra Deus. Suplicar. Clamando fervorosamente pela presença do Espírito Santo. Mudei meu olhar de direção. E vi uma garota, com suas mãos no coração. E olhando para o Teto. Fazia cara de chora. Mas não saiam lágrimas. Falando em línguas estranhas. Parecia estar falando diretamente com Deus. Como se estivesse conectada com Ele. De repente uma senhora passou ao lado dela, e ela encerrou sua conversa com o Espírito Santo. E olhou para a Senhora que só passava no corredor. E depois. Voltou à conversa novamente. Eu sinceramente não interromperia uma conversa que parecia ser tão agradável por tão pouco. Desviei a minha atenção dela. E vi pessoas ajoelhadas. Inquietas. Indo com o corpo para frente e para trás. Com uma cara não tão comum. Como se estivessem em um momento de desacordo com alguém. Vi também. Pessoas que estavam ali olhando para o nada. Com as mãos abaixadas. Dando a impressão de estarem perdidas por ali. Eu parei. E olhei para mim. Eu já havia sido todas aquelas pessoas em algum dia. Não era mais. Eu era alguém. Dentro do Templo do Espírito Santo. Observando as pessoas que estavam ali dentro. E me perguntando não o que eu estava fazendo ali. Mas que parecia, que eu não aparecia por ali, a uns cinco anos mais ou menos. E o por que, que agora eu sou tão diferente de todos eles. O que eu mais ouvi ali hoje foi. ’’ Não temas, crede em mim somente. ’’

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